A psicoterapia e a psicofarmacologia são duas abordagens distintas, mas frequentemente complementares no tratamento de transtornos mentais e emocionais. Ambas desempenham papéis importantes no campo da saúde mental, e a escolha entre elas depende das necessidades individuais de cada pessoa, bem como das recomendações de profissionais de saúde.
Psicoterapias e os medicamentos são eficafes no tratamento de ampla variedade de transtornos psiquiátricos, e sua associação é melhor, que o uso de forma isolada.
Na maioria dos casos, psicoterapias competem com medicamentos no tratamento de transtornos não-psicóticos. Mas, o que poderia justificar isso? Talvez, por conta que os medicamentos tendem a funcionar mais rápido (semanas) ou a psicoterapia tende a ter efeito mais amplo e, frequentemente, mais duradouro.
Pois bem, no Brain 2023, foi abordado, pesquisas, que nos trouxeram informações da psicofarmacologia combinada com a terapia cognitivo comportamental (TCC) no manejo dos trasntornos de ansiedade. Vamos considerar aqui, os transtornos abaixo:
Colocando aqui os transtornos PTSD (Transtorno do Estresse do Pós Traumático) e OCD (Transtorno Obsessivo Comulsivo), considerados nos manauis DSM-5 e CID-11 , de forma separada dos transtorno de ansiedade.
As prevalências desses transtornos se considerada alta, mesmo antes do período pandemia, e imagina-se nos dias atuais, esses números?
Nos transtornos de ansiedade generalizada (GAD), o tratamento de primeira linha deve ser o psicoterápico e a terapia cognitivo comportamental - TCC é uma escolha razoável.
Nas fobias específicas, o tratamento de primeira linha deve ser a terapia cognitivo comportamental (TCC), com ênfase nas técnicas de exposição.
Nos transtornos de ansiedade social (TAS), é considerado o mais resistente ao tratamento do que outros transtornos de ansiedade, responde igualmente bem ao tratamento farmacológico e psicoterápico, os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) são os tratamentos de primeira linha, e a terapia cognitivo comportamental (TCC) é o recomendado como primeira linha de tratamento juntamente com a terapia de grupo particularmente indicada.
Nos transtornos de pânico, a terapia cognitivo comportamental é o tratamento de primeira escolha, sendo a terapia psicodinâmica considerada como sendo escolha em pacientes incapazes de tolerar a terapia cognitivo comportamental (TCC).
Nos transtornos de estresse pós-traumático (TEPT), a monoterapia com medicamentos não está indicada, uma vez que não há tratamento farmacológico para esse transtorno. A Psicoterapia é a primeira linha de tratamento, com terapia cognitivo comportamental (TCC) e terapia focada no trauma, sendo igualmente eficazes. Os medicamentos desempenham papel apenas adjuvante no tratamento do TEPT .
Nos transtornos obsessivos compulsivos (TOC), a terapia cognitivo comportamental (TCC) é o tratamento de escolha, deve ser prescrito como monoterapia, uma vez que a associação com farmacoterapia não traz vantagem real.
Havendo uma grande revisão nos estudos de metanálises, comparando psicoterapias x farmacoterapias com placebo, ou tratamento usual (TAU), psicoterapias x farmacoterapias head-to-head ou associação de psicoterapia e farmacoterapia, nos traz informações de mais de um século de pesquisas, milhares de ensaios clínicos randomizados (ECR) e milhôes de dólares investidos, os tamanhos de efeitos das psicoterapias e farmacoterapias para os transtornos mentais continuam e são limitados, sugerindo um efeito-teto, para as pesquisas dos tratamentos conduzidos até o momento.
Então, uma mudança de paradigma nas pesquisas parece necessária para que se alcance mais progresso.
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35015359/
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