Quando falamos de Saúde, sobretudo na Saúde Mental muitas informações surgem em nossos pensamentos. Mas, a pergunta que fica, o quão seria aceitável uma subjetividade de sintomas clínicos? ou melhor, uma sintomatologia clínica quando se trata de continuum e longitudinalidade na vida desses indivíduos?
O termo "fenótipo" refere-se às características observáveis de um organismo, que são determinadas pela interação entre seus genes e o ambiente em que vive. Na saúde mental, o fenótipo se refere às características comportamentais, emocionais e cognitivas de uma pessoa que podem ser observadas e avaliadas clinicamente.
A tecnologia digital desempenha um papel cada vez mais importante na área da saúde mental. Aplicativos móveis, dispositivos vestíveis e plataformas online têm sido desenvolvidos para ajudar as pessoas a monitorar e gerenciar sua saúde mental. Essas tecnologias podem coletar dados sobre o comportamento, padrões de sono, níveis de atividade e até mesmo o estado emocional das pessoas.
Em uma das palestras do Brain2023, esse assunto foi abordado e informações importantes foram trazidas como: as vantagens de reduzir o viés de recordação (uma fala de pacientes que precisam dar respostas sobre períodos longos de uma determinada sintomatologia), a validade ecológica (complexidade das experiências e dos contextos que envolvem a saude mental), a comparação do paciente consigo mesmo e o contexto e as contigências ambientais.
Deixo aqui os projetos IDEA Tech (Identifying Depression Early in Adolescence), e também o WIDA (Wisdom in Date) que foram apresentados no congresso numa forma de potencializar a prática clínica com a ciência de dados. https://plataforma.wida.app/signup/clinic,
A apple irá lançar o Journal App, onde também será abordado aspectos da saúde mental, e a pergunta novamente paira por aqui. Como será entregue tudo isso?
A tecnologia é boa, mas, não podemos deixar de colocar aqui que essa entrega tem que ser de forma ética, prática e útil, que é relacionar a sabedoria clínica junto a ciência de dados, e não substituir.
E deixo aqui a seguinte reflexão, também abordada no congresso. "Ask not what disease the person has, but rather what person the disease has" (William Osler)
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